terça-feira, 29 de dezembro de 2015

2015

2015 criança refugiada morta na praia e Plutão

Criança refugiada morta numa praia europeia e o planeta-anão Plutão fotografado pela sonda New Horizons.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Matriz do teste de filosofia – 11º

Formasargumentativasvlidasmodusponen

Duração: 100 minutos

Objetivos:

1. Distinguir a validade dedutiva e a validade não dedutiva.

2. Distinguir e identificar as formas argumentativas válidas e inválidas estudadas.

3. Testar a validade de formas argumentativas através de inspetores de circunstâncias.

4. Completar formas argumentativas.

5. Construir argumentos com essas formas.

6. Identificar e explicar em que consistem os seguintes argumentos não dedutivos: generalizações, previsões, argumentos por analogia e argumentos de autoridade.

7. Conhecer e explicar as regras de validade de cada um desses argumentos não dedutivos.

8. Explicar o que são falácias informais.

9. Identificar e explicar as formas falaciosas dos argumentos não dedutivos estudados.

10. Avaliar argumentos não dedutivos determinando se são válidos ou inválidos.

11. Identificar e explicar em que consistem outras falácias informais: Argumento ad hominem, Apelo à ignorância, Falso dilema, Falácia do espantalho, Falácia da derrapagem e Petição de princípio.

12. Explicar o que se entende por retórica.

13. Distinguir persuasão racional e manipulação.

14. Explicar como ocorre a manipulação publicitária.

15. Distinguir o regime democrático existente em Atenas no século V a. C. das atuais democracias.

16. Explicar a importância da democracia para o desenvolvimento da retórica.

17. Explicar quem eram os sofistas.

18. Explicar as ideias dos sofistas relevantes para o seu exercício da retórica.

19. Explicar as críticas de Platão aos sofistas.

Natureza das questões:

Escolha múltipla, questões de resposta curta e extensa, exercícios de lógica.

Para estudar:

Páginas usadas ou referidas na aula do manual adotado.

PDF com a tabela explicativa e exemplificativa das conetivas.

Validade dedutiva

Afirmação da antecedente e negação da consequente

Construção de argumentos

Ficha de revisão - 11º

Generalizações e previsões

Generalização ou contra-exemplo?

Argumento por analogia

Duas tradições: o apedrejamento e a tourada

Argumentos não dedutivos: previsão, generalização, analogia e argumento de autoridade

Ficha de revisão: identificação de argumentos não dedutivos

Falácias informais do apelo à ignorância, da derrapagem e do boneco de palha

Exemplos das falácias do espantalho e da derrapagem

Derrapagem: do casamento homossexual ao incesto

Petição de princípio

Exemplos da falácia do apelo à ignorância

Apelo à ignorância: Milagre ou falácia?

Sobre o poder da retórica

Da vaidade das palavras

O que é a democracia?

Sem comentários

Manipulação publicitária

Aconselhado:

A relação entre verdade e validade

A importância da validade: duas analogias

Um cartaz político falacioso: falso dilema

Criticar não é o mesmo que arrotar

Sofista ou surfista?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Matriz do teste do 10º ano

FILOSOFIA-FREEWILLRESP livre-arbítrio escolha

Duração:

90 minutos + 10 de tolerância.

Objetivos:

1. Indicar o objeto de estudo da Lógica.

2. Distinguir diferentes tipos de proposições.

3. Distinguir condições suficientes e necessárias.

4. Reescrever frases de modo a que as proposições sejam expressas de modo canónico.

5. Efetuar a negação de proposições apresentadas.

6. Explicar o que é um argumento.

7. Distinguir argumentos de não argumentos.

8. Identificar a conclusão e as premissas de argumentos apresentados.

9. Explicar o que é um entimema.

10. Descobrir premissas ocultas em entimemas.

11. Explicar o que é um argumento válido.

12. Distinguir a validade dedutiva e a validade não dedutiva.

13. Avaliar intuitivamente a validade de argumentos dedutivos apresentados.

14. Identificar e construir os argumentos dedutivos válidos estudados: Modus ponens, Modus tollens e Silogismo disjuntivo.

15. Identificar e explicar o que é um argumento por analogia.

16. Explicar as regras a que devem obedecer os argumentos por analogia para serem válidos.

17. Explicar o que é uma ação.

18. Distinguir ações de outras coisas que fazemos e daquilo que nos acontece.

19. Relacionar ação e deliberação.

20. Explicar o que é uma deliberação racional.

21. Apresentar o problema do livre-arbítrio.

22. Explicar a teoria do Determinismo Radical.

23. Explicar a teoria do Libertismo.

24. Comparar o Determinismo Radical e o Libertismo.

25. Referir a tese defendida pela teoria do Determinismo Moderado.

Natureza das questões:

Escolha múltipla, questões de resposta curta, avaliação de exemplos e questões de resposta extensa.

Para estudar:

PDF’s e fotocópias entregues.

No manual: páginas (nalguns casos apenas as partes indicadas) 49, 50, 51, 52, 53, 63, 64, 65, 66,67, 71, 73, 74 e 75.

No blogue Dúvida Metódica:

Condições necessárias e suficientes: análise de um exemplo

A negação de proposições condicionais

O que é um argumento?

Ficha de Trabalho – Argumentos

Entimema: conceito e exemplos

Validade dedutiva

A relação entre verdade e validade

Afirmação da antecedente e negação da consequente

Argumento por analogia

Deliberação

Pêssegos e duelos: exemplos ilustrativos do problema do livre-arbítrio

O Determinismo Radical

Opcional:

Duas tradições: o apedrejamento e a tourada

Terá o determinista radical razão?

Se o determinismo radical for verdadeiro, salvar 155 pessoas não tem qualquer mérito

O livre-arbítrio existe, pois temos consciência dele

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Deliberação

deliberação pensando na decisão

No que diz respeito à ação, “deliberar” significa refletir ou ponderar.

Muitas ações não envolvem qualquer deliberação. Por exemplo: um automobilista que de repente vê uma pessoa atravessar a estrada a poucos metros do seu carro não reflete sobre o que vai fazer, limita-se a travar o mais rapidamente que conseguir. Passa-se o mesmo com um guarda-redes que se atira a uma bola. Aquilo que o automobilista e o guarda-redes fazem é intencional, mas não é premeditado –não resulta de uma deliberação.

Contudo, muitas outras ações envolvem deliberação. Delibera-se para decidir o que fazer, como fazer, quando fazer, etc. Os agentes, ao deliberar, podem ponderar os meios que vão utilizar, podem questionar-se acerca de eventuais ações alternativas, podem meditar acerca dos motivos que os levam a agir, etc.

Por exemplo: um aluno que pretenda passar a tarde a estudar pode refletir acerca do melhor lugar para o fazer (em casa, na biblioteca…), da matéria que vai estudar primeiro, etc. Esse aluno poderá também ponderar a possibilidade de adiar o estudo e ir namorar.

O fruto da deliberação é uma decisão. No caso do exemplo anterior, a decisão poderia talvez ser: não adiar o estudo e estudar na biblioteca.

A deliberação pode ser racional (levando o agente a escolher a ação e os meios mais adequados aos seus objetivos e interesses), mas também pode ser irracional (levando o agente a fazer escolhas que prejudicam os seus objetivos e interesses).

Por exemplo: se um aluno quer ter boas notas, não é racional ele pensar que talvez os testes sejam fáceis e decidir namorar e jogar futebol em vez de estudar.

Leituras:

Almeida, Aires e outros, 50 Lições de Filosofia – 10º Ano, Didáctica Editora, Lisboa, 2013.

Galvão, Pedro e outros, Razões de Ser, Porto Editora, Porto, 2013.

Vaz, Faustino, “Deliberação e decisão racional”, Crítica - http://criticanarede.com/deliberar.html

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Dead Combo, Lisboa e o Tejo

Dia Mundial da Filosofia: sugestões de dilemas morais para discutir com os alunos

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Segundo a UNESCO, dia 19 de novembro, é o Dia Mundial da Filosofia, reconhecendo-se assim a importância desta disciplina, em particular, na formação dos jovens, uma vez que encoraja o pensamento autónomo e tolerante.
A melhor forma de celebrar este dia é debater ideias. Afinal, a capacidade argumentativa e a atitude crítica – que o estudo da disciplina de Filosofia permite desenvolver – devem PRATICAR-SE nas aulas e na nossa vida em geral. A menos que queiramos viver sem pensar por nós próprios, escravos dos preconceitos, da opinião da maioria, dos interesses instalados, das falsas autoridades e por aí adiante...
Assim, fica a sugestão de vários dilemas éticos que podem ser discutidos nas aulas com os alunos (atividades que as turmas do Pmec e Peac 1 realizaram nas aulas de Área de Integração):

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

“Aprender e intervir”: blogue de Psicologia, Sociologia, Área de Integração e Filosofia

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A professora Sara Raposo (coautora do Dúvida Metódica) disponibiliza no blogue “Aprender e intervir” alguns dos recursos didáticos que utiliza nas aulas de Psicologia, Sociologia e Área de Integração, além das atividades e trabalhos realizados pelos alunos (das turmas PMEC/PEAC 3, PAL/PIE 3, PMEC/PEAC 1, PREC 2 e PIDC/PSEC 1). Pretende-se deste modo, além da partilha com professores e alunos (e outros eventuais interessados), contribuir para a formação cultural dos alunos, fomentar a capacidade argumentativa e a atitude crítica.

No blogue foram criadas páginas para cada uma das disciplinas, onde se podem encontrar links dos posts publicados (tal como nas etiquetas da barra lateral). Eis alguns exemplos de recursos e atividades (clicar nos links para aceder):

Deve haver limites à liberdade de expressão por motivos religiosos?
Houve ou não violação da liberdade de expressão?

Peddy paper no Museu Etnográfico de Faro

O filme "A casa encantada" e a psicanálise
O racismo é imoral
Área de integração 3: Fichas de trabalho nº 1 e 2
PORDATA: para crianças e adultos

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Duas tradições: o apedrejamento e a tourada

Um dos argumentos usados pelos defensores da tourada é o chamado argumento da tradição: a tourada não deve ser abolida pois é uma tradição antiga e enraizada na cultura nacional. Os autores deste anúncio procuraram refutar esse argumento através de um argumento por analogia em que comparam a tourada e o apedrejamento. Será um bom argumento por analogia?

Para finalizar, uma observação não filosófica: a tourada não foi abolida em Portugal, mas o anúncio foi “abolido” da televisão portuguesa.

Generalização ou contra-exemplo?

Algumas pessoas com aspeto estranho não são de confiança. Logo, nenhuma pessoa com aspeto estranho é de confiança.

Interpreto a história deste vídeo como um contra-exemplo à conclusão dessa generalização. Mas a pessoa que publicou o vídeo no Youtube
tem outra interpretação: essa história é como se fosse a premissa (Por vezes enganamo-nos acerca da aparência e do valor das pessoas) de uma generalização cuja conclusão é Nunca se deve julgar o valor das pessoas pela aparência.

Qual será a melhor interpretação?

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Ficha de revisão - 11º

 

  1. Se os deveres são absolutos, então mentir é sempre errado. Considere esta frase como premissa de uma Contraposição e complete o argumento.

       
      1. Se uma ação tem valor moral, então não foi feita por interesse. Considere esta frase como premissa de uma Negação da consequente e complete o argumento.

           
          1. A moral baseia-se na razão ou nos sentimentos. Considere esta frase como premissa de um Silogismo disjuntivo e complete o argumento.

               
              1. ¬ P → ¬ Q. Considere esta forma proposicional como premissa de um Silogismo hipotético e complete a forma argumentativa.

                   
                  1. P Q. Considere esta forma proposicional como premissa de um Modus ponens e complete a forma argumentativa.

                       
                      1. Como se chama o argumento a seguir apresentado? Se tiveste más notas, não arranjas um bom emprego. Não arranjas um bom emprego. Por isso, tiveste más notas.

                           
                          1. Como se chama a forma argumentativa a seguir apresentada? – ¬ (P v ¬ Q) → R, P v ¬ Q clip_image001 ¬ R

                               
                              1. Muitos alunos não estudam lógica. Sendo assim, muitos alunos chumbam de ano. – Qual é a conclusão deste argumento? Qual é a premissa oculta?

                                   
                                  1. A Sociologia estuda temas muito diferentes. Por exemplo: o namoro, os grupos sociais e o modo como a pobreza e as desigualdades são transmitidas de geração em geração. – Trata-se de um argumento? Porquê?

                                       
                                      1. A validade dos argumentos não dedutivos pode ser estabelecida formalmente. Esta afirmação é verdadeira ou falsa? Porquê?

                                           
                                          1. Quando um argumento dedutivo é válido a verdade das premissas torna apenas provável a verdade da conclusão. Esta afirmação é verdadeira ou falsa? Porquê?

                                               
                                              1. Um argumento dedutivo válido pode ter uma conclusão falsa se… _______. Complete a afirmação.

                                                   
                                                  1. Teste a validade da seguinte forma argumentativa através de um inspetor de circunstâncias:

                                                      ¬ P v ¬ Q, ¬ P clip_image001 ¬ Q.

                                                       
                                                      1. Como se chamam os argumentos apresentados nas alíneas A, B, C, D, G e H da ficha de trabalho existente no link a seguir apresentado?

                                                        http://duvida-metodica.blogspot.pt/2013/10/argumento-dedutivo-ou-nao-dedutivo.html

                                                         

                                                         

                                                         

                                                        domingo, 1 de novembro de 2015

                                                        Matriz do 2º mini teste – 11º ano

                                                        modus ponens

                                                        Objetivos:

                                                        1. Explicar o que é um argumento.

                                                        2. Distinguir argumentos de não argumentos.

                                                        3. Explicar o que é um entimema.

                                                        4. Identificar premissas ocultas.

                                                        5. Reescrever argumentos e colocá-los na expressão canónica.

                                                        6. Distinguir a validade dedutiva e a validade não dedutiva.

                                                        7. Conhecer os operadores verofuncionais e respetivas condições de verdade: negação, conjunção, disjunção (inclusiva e exclusiva), condicional e bicondicional.

                                                        8. Formalizar argumentos.

                                                        9. Testar a validade de formas argumentativas através de inspetores de circunstâncias.

                                                        10. Distinguir e identificar as formas argumentativas válidas e inválidas estudadas.

                                                        11. Construir argumentos com essas formas.

                                                        12. Completar formas argumentativas.

                                                        Natureza das questões:

                                                        Escolha múltipla, questões de resposta curta e exercícios de lógica.

                                                        Para estudar:

                                                        Páginas usadas ou referidas na aula do manual adotado.

                                                        PDF com a tabela explicativa e exemplificativa das conetivas.

                                                        O que é um argumento?

                                                        Ficha de Trabalho – Argumentos

                                                        Entimema: conceito e exemplos

                                                        Onde está a conclusão?

                                                        Validade dedutiva

                                                        Afirmação da antecedente e negação da consequente

                                                        Construção de argumentos

                                                        Aconselhado:

                                                        A relação entre verdade e validade

                                                        A importância da validade: duas analogias

                                                        Matriz do 2º mini teste – 10 º ano

                                                        proposições condicionais

                                                        Objetivos:

                                                        1. Explicar o que são proposições.

                                                        2. Analisar exemplos, distinguindo frases que expressam proposições de frases que não expressam proposições.

                                                        3. Distinguir diferentes tipos de proposições.

                                                        4. Distinguir condições suficientes e necessárias.

                                                        5. Reescrever frases de modo a que as proposições sejam expressas de modo canónico.

                                                        6. Efetuar a negação de proposições apresentadas.

                                                        7. Explicar o que é um argumento.

                                                        8. Distinguir argumentos de não argumentos.

                                                        Natureza das questões:

                                                        Escolha múltipla e questões de resposta curta.

                                                        Para estudar:

                                                        PDF e fotocópias entregues.

                                                        Identificação, classificação e negação de proposições (questões 1.7, 2 e 3 – para revisão)

                                                        Condições necessárias e suficientes: análise de um exemplo

                                                        A negação de proposições condicionais

                                                        O que é um argumento?

                                                        Ficha de Trabalho - Argumentos

                                                        sábado, 17 de outubro de 2015

                                                        Matriz do 1º mini teste: 10º A

                                                        Alegoria da Caverna de Platão saída da caverna para a luz

                                                        Duração: 45 minutos.

                                                        Objetivos:

                                                        1. Conhecer pelo menos oito exemplos de questões filosóficas.

                                                        2. Explicar porque é que as questões filosóficas são concetuais.

                                                        3. Explicar porque é que as questões filosóficas são básicas.

                                                        4. Saber que as respostas dadas às questões filosóficas raramente são consensuais.

                                                        5. Distinguir questões filosóficas de questões não filosóficas em exemplos dados.

                                                        6. Descrever a história da Alegoria da Caverna.

                                                        7. Interpretar a Alegoria da Caverna.

                                                        8. Mostrar porque é que a filosofia requer pensamento crítico.

                                                        9. Indicar o objeto de estudo da Lógica.

                                                        10. Explicar o que são proposições.

                                                        11. Analisar exemplos, distinguindo frases que expressam proposições de frases que não expressam proposições.

                                                        12. Explicar o que são ambiguidades e porque é importante evitá-las.

                                                        Natureza das questões:

                                                        Várias questões de escolha múltipla, várias questões de resposta curta (nomeadamente avaliação de exemplos), uma questão de resposta extensa.

                                                        Para estudar:

                                                        Links sobre a filosofia

                                                        O que estuda a lógica?

                                                        Discutir ideias em vez de repetir frases

                                                        Ambiguidades

                                                        Ambiguidade

                                                        Ambiguidade sintática

                                                        PowerPoint com exemplos de questões filosóficas

                                                        PowerPoint sobre a Alegoria da Caverna

                                                        Alegoria da Caverna (no manual adotado)

                                                        quarta-feira, 14 de outubro de 2015

                                                        Mais exercícios

                                                        conjuncao tabela de verdade

                                                        1. Se a antecedente de uma condicional for falsa e desconhecermos o valor de verdade da consequente, que podemos dizer do valor de verdade dessa condicional?

                                                        2. Reescreva as frases (exceto a B e a H) de modo a que fiquem na expressão canónica.

                                                        3. Elabore o dicionário de cada uma e formalize-as.

                                                        A. Não é verdade que a inexistência de Deus implique que a vida humana é absurda.

                                                        B. Não é verdade que a tortura seja justificável e os fins justifiquem os meios.

                                                        C. A eutanásia é correta, no caso do sofrimento ser intolerável e não haver esperança de cura.

                                                        D. Uma condição suficiente para a vida ter sentido é Deus existir.

                                                        E. Uma condição necessária para que Deus exista é não haver mal no mundo.

                                                        F. Quer o Libertismo quer o Determinismo Moderado defendem a existência de livre-arbítrio.

                                                        G. Uma condição necessária e suficiente para uma ação ter valor moral é ser feita por dever.

                                                        H. Ou Kant tem razão e o valor moral das ações não depende das consequências ou Stuart Mill tem razão e o valor moral das ações depende das consequências.

                                                        I. Nem o Ismael nem a Josefina são a favor do aborto.

                                                        J. É impossível o mal existir e Deus ser sumamente bom.

                                                        4. Utilizando os operadores verofuncionais da condicional e da conjunção, apresente uma forma proposicional equivalente à bicondicional.

                                                        5. Compare, através de tabelas de verdade, as seguintes formas proposicionais: “¬(¬P ∧ Q)” e “P ∨¬Q”. Que conclui?

                                                        6. Mostre através de uma tabela de verdade quais são as condições de verdade da seguinte forma proposicional:

                                                        ¬(P→Q) ↔ (P∧¬Q)

                                                        domingo, 11 de outubro de 2015

                                                        Ficha de trabalho de lógica proposicional

                                                        logica proposicional princípio de não contradição

                                                        Ficha de trabalho para a próxima aula de apoio das turmas A e C do 11º ano.

                                                        1. Indique quais das seguintes frases exprimem proposições:

                                                        A. Esta frase não exprime uma proposição.

                                                        B. O que é uma proposição?

                                                        C. As proposições são expressas por frases interrogativas.

                                                        D. Vai já estudar filosofia.

                                                        2. Coloque na expressão canónica:

                                                        A. Terás positiva no teste, caso estudes muito.

                                                        B. As teorias filosóficas embora sejam racionais são discutíveis.

                                                        C. Para a vida ter sentido, basta Deus existir.

                                                        D. Uma ação tem valor moral se é feita por dever e vice-versa.

                                                        E. A inteligência é hereditária, a não ser que seja a emotividade.

                                                        3. Elabore o dicionário e formalize:

                                                        A. Deus não existe e a vida não tem sentido.

                                                        B. Não é verdade que Deus exista e a vida tenha sentido.

                                                        C. Se a pena de morte é moralmente errada, então o aborto e a eutanásia também são moralmente errados.

                                                        D. Não é verdade que o livre-arbítrio não existe.

                                                        E. Os governos não democráticos não são legítimos.

                                                        4. Indique o que existe de errado nas seguintes formas proposicionais.

                                                        A. P v Q → R

                                                        B. PQ

                                                        C. P ¬ ∧ Q

                                                        5. Traduza as seguintes formas proposicionais a partir do dicionário apresentado:

                                                        A. P ∧ ¬ Q

                                                        B. ¬ P → Q

                                                        P: Os valores são relativos.

                                                        Q: A crítica de costumes alheios é legítima.

                                                        6. A negação correta de “¬ P → ¬ Q” será “¬ P ∧ Q” ou “P → Q”? Justifique a sua resposta construindo tabelas de verdade das formas proposicionais apresentadas.

                                                        Matriz do 1º mini teste: 11º A e C

                                                        Mr. Spock logic Lógica

                                                        Duração: 50 minutos.

                                                        Objetivos:

                                                        1. Indicar o objeto de estudo da Lógica.

                                                        2. Explicar o que são argumentos.

                                                        3. Explicar o que são proposições.

                                                        4. Analisar exemplos, distinguindo frases que expressam proposições de frases que não expressam.

                                                        5. Explicar o que são ambiguidades e porque é importante evitá-las.

                                                        6. Distinguir proposições simples e compostas.

                                                        7. Explicar o que é um operador proposicional.

                                                        8. Explicar o que são operadores proposicionais verofuncionais e não verofuncionais.

                                                        9. Analisar exemplos, identificando os operadores proposicionais verofuncionais e os não verofuncionais.

                                                        10. Conhecer os operadores verofuncionais: negação, conjunção, disjunção (inclusiva e exclusiva), condicional ebicondicional.

                                                        11. Reescrever frases de modo a que as proposições sejam expressas de modo canónico.

                                                        12. Formalizar proposições.

                                                        13. Conhecer e compreender a tabela de verdade de cada operador proposicional.

                                                        14. Explicar e exemplificar o que são condições suficientes e condições necessárias.

                                                        15. Determinar as condições de verdade de proposições compostas através da construção de tabelas de verdade.

                                                        16. Distinguir tautologias, contradições e continências.

                                                        Natureza das questões:

                                                        Escolha múltipla, questões de resposta curta e exercícios de lógica.

                                                        Para estudar:

                                                        Páginas usadas ou referidas na aula do manual adotado.

                                                        PDF com a tabela explicativa e exemplificativa das conetivas.

                                                        O que estuda a lógica?

                                                        Ambiguidade sintática

                                                        Ambiguidades

                                                        Ambiguidade

                                                        Discutir ideias em vez de repetir frases

                                                        A negação de proposições condicionais (a parte explicada na aula)

                                                        sexta-feira, 2 de outubro de 2015

                                                        O que é a filosofia?

                                                        Raffaello Sanzio, Allegory of Philosophy

                                                        Rafael Sanzio, A filosofia.

                                                        «O núcleo da filosofia reside em certas questões que o espírito reflexivo humano acha naturalmente enigmáticas, e a melhor maneira de começar o estudo da filosofia é pensar diretamente sobre elas (...).

                                                        A filosofia é diferente da ciência e da matemática. Ao contrário da ciência, não assenta em experimentações nem na observação, mas apenas no pensamento. E, ao contrário da matemática, não tem métodos formais de prova. A filosofia faz-se colocando questões, argumentando, ensaiando ideias e pensando em argumentos possíveis contra elas e procurando saber como funcionam realmente os nossos conceitos.

                                                        A preocupação fundamental da filosofia consiste em questionarmos e compreendermos ideias muito comuns que usamos todos os dias sem pensarmos nelas. Um historiador pode perguntar o que aconteceu em determinado momento do passado, mas um filósofo perguntará: “O que é o tempo?” (...) Um psicólogo pode investigar como é que as crianças aprendem uma linguagem, mas um filósofo perguntará: “Que faz uma palavra significar qualquer coisa?” [ou “O que é a linguagem?”] Qualquer pessoa pode perguntar se entrar num cinema sem pagar está errado, mas um filósofo perguntará: “O que torna uma ação certa ou errada?”

                                                        Não poderíamos viver sem tomarmos como garantias as ideias de tempo, linguagem, certo e errado [entre outras], mas em filosofia investigamos essas mesmas coisas. O objetivo é levar o conhecimento do mundo e de nós um pouco mais longe. É óbvio que não é fácil. Quanto mais básicas são as ideias que tentamos investigar, menos instrumentos temos para nos ajudarem. Não há muitas coisas que possamos assumir como verdadeiras ou tomar como garantidas. Por isso, a filosofia é uma atividade de certo modo vertiginosa, e poucos dos seus resultados ficam por desafiar por muito tempo.»

                                                        Thomas Nagel, O que quer dizer tudo isto? – Uma iniciação à filosofia, Gradiva, Lisboa, 1995, pág. 8-9.

                                                        sexta-feira, 25 de setembro de 2015

                                                        PORDATA: para crianças e adultos

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                                                        Para aceder ao site basta clicar na imagem anterior.

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                                                        terça-feira, 22 de setembro de 2015

                                                        O que estuda a lógica?

                                                        cartoon logica

                                                        «A lógica estuda alguns aspetos da argumentação. A lógica permite-nos 1) distinguir os argumentos corretos dos incorretos, 2) compreender por que razão uns são corretos e outros não, e 3) evitar cometer falácias ou sofismas na nossa argumentação. Uma falácia (…) é um argumento incorreto que parece correto. Um argumento correto é um conjunto de afirmações organizadas de tal modo que uma delas (a conclusão) é apoiada pelas outras (as premissas). Num argumento incorreto as premissas não apoiam a conclusão.»

                                                        Desidério Murcho e Júlio Sameiro, Lógica – 11º Ano.

                                                        A lógica estuda a argumentação. Os argumentos são muito importantes em diversas áreas: na filosofia, mas também na política, no direito, em inúmeras situações do dia a dia. Daí que seja útil perceber o que são argumentos e o que torna uns corretos e outros incorretos.

                                                        Apresentação

                                                        argumentando

                                                        Este ano o Dúvida Metódica “pertencerá” aos alunos do 10º A e do 11º A e C do Agrupamento de Escolas Dra Laura Ayres. Aqui encontrarão textos, fichas de trabalho, esquemas,  matrizes e outras orientações, fotografias, cartoons, vídeos, etc. Acima de tudo, encontrarão problemas filosóficos para discutir e ajuda para o vosso estudo.

                                                        Bem-vindos à filosofia!

                                                        sexta-feira, 18 de setembro de 2015

                                                        Uma questão de perspetiva



                                                        Relatividade

                                                        Imagem da autoria do holandês Maurits Cornelius Escher (1898-1970).
                                                        Retirado de: M. C. Escher, the official website - http://www.mcescher.com/

                                                        Quando observamos esta imagem, o que vemos depende dos pormenores em que focamos o nosso olhar.
                                                        O mesmo se passa, por exemplo, em relação a alguns acontecimentos da nossa vida: muitos deles são factos objetivos, mas o modo como os compreendemos depende da perspetiva em que nos colocamos. Daí que o nosso olhar possa ser, eventualmente, distorcido e a compreensão que obtemos falsa.
                                                        Há muitas possibilidades de distorção. Duas das mais frequentes são: uma situação nos parecer melhor do que na realidade é ou então pior do que na realidade é. Manter a lucidez e o espírito crítico é uma forma de as evitar.

                                                        quarta-feira, 16 de setembro de 2015

                                                        Então e os direitos humanos?

                                                        refugiados

                                                        O que a Declaração Universal dos Direitos Humanos diz acerca dos refugiados é muito claro.

                                                        “Artigo 13.º

                                                        1. Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado.

                                                        2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.

                                                        Artigo 14.º

                                                        1. Toda a pessoa sujeita a perseguição tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países.”

                                                        segunda-feira, 14 de setembro de 2015

                                                        E se, de repente, pudesse realizar todos os seus desejos?

                                                        Uma comédia, inteligente e hilariante, que está em exibição nos cinemas portugueses. Vale mesmo a pena ver.

                                                        O final do filme é... surpreendente!

                                                        SINOPSE:
                                                        "O destino do mundo está literalmente na mão de um homem cujas ações podem levar à sobrevivência do planeta Terra ou à sua destruição absoluta. O problema é que ele não faz a mínima ideia…
                                                        Sharon (John Cleese), Kylie (Terry Jones), Janet (Michael Palin) e Maureen (Terry Gilliam) compõem o Conselho Intergaláctico, um grupo desagradável de criaturas alienígenas que decidiram que a Terra e os seus habitantes deverão ser suprimidos. Mas a lei intergaláctica afirma que, antes de uma ordem de destruição, os habitantes do planeta têm uma última hipótese de salvação. De forma aleatória, deverá ser escolhido um terráqueo a quem é dado o poder absoluto para fazer qualquer coisa, apenas com um aceno de mão.
                                                        E assim, Neil Clarke (Simon Pegg), um modesto e desiludido professor, apaixonado pela vizinha Catherine (Kate Beckinsale), descobre ter poderes mágicos que lhe permitem tudo, desde calar os alunos na sala de aula a trazer pessoas de volta à vida. Mas o uso destas habilidades gera uma série de infortúnios a Neil e ao seu cão, Dennis (dobrado por Robin Williams)."

                                                        Informação retirada DAQUI

                                                        quarta-feira, 9 de setembro de 2015

                                                        Encontro com professores na Gulbenkian: 29 de setembro

                                                        unnamed 

                                                        Para mais informações, ver AQUI.

                                                        A entrada é gratuita, mas requer inscrição prévia.

                                                        Inscrição até 24 de setembro, através do preenchimento da ficha de inscrição.

                                                        Faça o DOWNLOAD AQUI, preencha-a e reenvie-a para descobrir@gulbenkian.pt.

                                                        segunda-feira, 24 de agosto de 2015

                                                        A diferença entre educação (moral) e doutrinação

                                                        A Lição de Salazar Uma casa portuguesa Deus Pátria Família

                                                        «A educação moral genuína (…) não é o que os políticos têm em mente quando pensam em transmitir, por exemplo, “valores ecológicos” às crianças, ou quando pensam na “educação para a cidadania”. Este género de educação é doutrinação, e não educação moral. A genuína educação moral é ensinar a raciocinar em termos de fins e meios, a ponderar razões e a justificar corretamente o que valorizamos – em suma, ensinar a pensar eticamente, e não ensinar a repetir slogans ecológicos, igualitários, nacionalistas, multiculturalistas ou outros.»

                                                        Desidério Murcho, 7 ideias filosóficas que toda a gente devia conhecer, Bizâncio, Lisboa, 2011, pág. 55.

                                                        segunda-feira, 20 de julho de 2015

                                                        O fim de uma tradição da Escola Secundária Pinheiro e Rosa

                                                        Estátua de Sócrates, um filósofo ateniense (469 A.C - 399 A.C) do período clássico da Grécia Antiga.

                                                        Desde que há testes intermédios e exames nacionais na disciplina de Filosofia que os autores deste blogue (apenas um deles é agora professor na ESPR, eu) descrevem aqui os resultados obtidos e refletem acerca destes. Ver por exemplo AQUI, AQUI e AQUI.

                                                        Este ano o exame nacional de Filosofia da 1ª Fase foi acessível, as questões estavam formuladas com clareza e correção, tal como os critérios, e incidiam em conteúdos programáticos relevantes. Contudo, e pela primeira vez, quebrou-se uma tradição de anos da Pinheiro e Rosa: classificações positivas no exame (uma das disciplinas com melhores resultados na escola) e acima da média nacional (ver posts deste blogue de anos anteriores: 2014, 2013 e 2012).

                                                        Este ano a média obtida pelos alunos internos da escola foi de 9,12 e a média das classificações atribuídas pelos professores (a classificação interna) foi 12,8. A diferença entre esta e as médias obtidas no exame foi de 3,68. A média nacional obtida pelos alunos internos foi de 10,8 (ver informação IAVE).

                                                        Vinte e cinco alunos da escola fizeram o exame como internos. Desses vinte e cinco só quatro eram meus alunos (tive apenas uma turma do 11º, de ciências, com vinte alunos). A média que obtiveram foi de 11,75 e a diferença entre as classificações internas e a do exame foi de 2,5 valores. Os outros vinte e um não eram meus alunos.

                                                        Este blogue (que começou em 2008) e os resultados dos exames nacionais na disciplina de Filosofia têm contribuído para divulgar a imagem da ESPR. Para quem tem investido muito tempo na divulgação da escola e da disciplina, para não falar na preparação das aulas, os resultados negativos deste ano produzem alguma tristeza. Muita tristeza, na verdade.

                                                        Ensinada de forma adequada a filosofia é intelectualmente estimulante e tem um papel fundamental, diria mesmo insubstituível, na formação dos alunos do secundário. Não é, além disso, uma disciplina muito difícil e não há nenhuma razão para os alunos não terem classificações positivas num exame - se, repito, for adequadamente ensinada e estudada.

                                                        domingo, 19 de julho de 2015

                                                        O resultado das reformas educativas em Portugal

                                                        Do cartoonista Luís Afonso, no Público, online de hoje:

                                                         

                                                        Info CURSOS: informações úteis para os candidatos à universidade

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                                                        «O portal criado há dois anos pelo Ministério da Educação para dar mais informação aos alunos na hora de escolher o curso de ensino superior a que se querem candidatar, o Infocursos, tem desde este sábado uma nova funcionalidade, quer permite fazer várias ordenações, com base em diferentes indicadores, e comparar assim licenciaturas e mestrados integrados da mesma área, por exemplo.

                                                        No ranking do desemprego - registos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) em dezembro de 2014 face ao número de diplomados nos últimos anos - pode constatar-se que o curso de Criminologia da Universidade Fernando Pessoa é o que apresenta a taxa mais elevada: 42 em 61 diplomados entre 2010 e 2013 estavam inscritos no IEFP, o que equivale a uma taxa de desemprego de 69%.

                                                        Não quer dizer que não haja outros cursos com mais alunos desempregados, que não estejam inscritos no IEFP e que, por isso, não contem para estas estatísticas. Mas este é o único dado relativo a saídas profissionais existente neste momento.»

                                                        Pode continuar a ler este artigo do jornal Expresso, AQUI.

                                                        terça-feira, 14 de julho de 2015

                                                        10,8: a média dos alunos internos no exame de Filosofia da 1ª Fase

                                                        Este ano, a  classificação média no exame nacional de Filosofia, dos alunos internos, foi de 10,8 valores.

                                                        Em 2013 e 2014 tinha sido de 10,2 valores. É uma disciplina que não tem sofrido, em termos de médias, grandes variações nos últimos três anos. Tal como ser verificado na informação publicada pelo IAVE:

                                                        Resultados_Ensino_Secund_rio[1] by SaraRaposo

                                                        O número de alunos inscritos no exame de Filosofia, autopropostos e internos tem vindo a aumentar. Esses dados, tal como as classificações obtidas, a diferença entre as classificações internas atribuídas (CIF) e a classificação obtida no exame de Filosofia (e de todos os outros) e as taxas de reprovação podem consultados no outro comunicado que o IAVE tornou publico:

                                                        enes_hmlg2015_resumo[1] by SaraRaposo

                                                        segunda-feira, 13 de julho de 2015

                                                        A balada de uma juíza

                                                        A Balada de Adam Henry, de Ian McEwan.
                                                        Gradiva, Abril de 2015 (2ª edição).
                                                        190 páginas.

                                                         

                                                        Enquanto enfrenta uma crise no seu casamento de trinta e tal anos, a Meritíssima juíza Fiona Maye tem de julgar alguns casos delicados que chegam ao Tribunal de Família. Pelo meio recorda casos passados e preocupa-se com a execução de certas peças musicais, pois é também pianista amadora e grande apreciadora de música.

                                                        Que fazer quando dois gémeos siameses não podem sobreviver ambos e os pais não autorizam a sua separação cirúrgica? Um dos gémeos tornar-se-á provavelmente uma criança normal e saudável se for separado, mas o outro é inviável e morrerá de qualquer modo; se não forem separados morrerão os dois.

                                                        Que fazer quando o pai e a mãe de duas meninas discutem o direito de as educar de acordo com princípios muito diferentes? O pai é um haredi, um judeu ultraortodoxo, e pretende que as filham vivam de acordo com os seus rígidos costumes: não quer que convivam com pessoas exteriores a essa comunidade nem que continuem a estudar após a escola primária, de modo a que um dia possam casar com outros haredis, ter muitos filhos e ser boas donas de casa. A mãe é também judia e, embora não renegue o judaísmo, saiu da comunidade haredi após o divórcio e pretende que as filhas continuem a estudar, convivam com pessoas diferentes e possam mais tarde escolher o rumo das suas vidas.

                                                        Que fazer quando um hospital pede autorização ao tribunal para realizar uma transfusão de sangue contra a vontade do paciente (o Adam Henry que dá nome ao livro) e de seus pais? Todos eles são Testemunhas de Jeová e acreditam que as transfusões de sangue são contrárias à vontade de Deus e portanto erradas. Adam Henry está a poucos meses de fazer 18 anos. Se já tivesse atingido a maioridade a sua recusa da transfusão seria soberana, mas assim tem de ser a juíza a decidir. Caso a transfusão não seja rapidamente feita Adam Henry morrerá em poucos dias.

                                                        Ian McEwan é demasiado bom escritor para colocar as personagens a desbobinar artificialmente teorias filosóficas. Contudo, nas reflexões e sentenças da juíza Fiona Maye não deixam de aparecer diversos tópicos filosóficos: a diferença entre a ética e o direito; o confronto entre a abordagem deontológica e a abordagem consequencialista dos problemas éticos; a dificuldade de conciliar diferentes direitos, como por exemplo a autonomia pessoal, a protecção das crianças e a liberdade religiosa. Esses tópicos são introduzidos naturalmente no livro, na medida em que são requeridos pelos casos em julgamento e pela justificação das decisões da juíza.

                                                        O que, além da mestria de Ian McEwan, ilustra a centralidade e até a inevitabilidade das questões filosóficas. Quer se queira quer não, estas estão envolvidas nas situações fundamentais da nossa vida.

                                                        A Balada de Adam Henry é, portanto, um livro que vale a pena ler por razões literárias, mas também por razões filosóficas.

                                                        balada-de-adam-henry-CAPA de Ian McEwan